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2 verses Comentários Nov. 3, 2024 Português 0
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1 Tm 4.8None
Comentário Hernandes Dias Lopes
O pastor é um homem que precisa ter reverência a Deus. A vida do pastor é a vida de seu ministério. Sua piedade pessoal é o fundamento de sua autoridade espiritual. Mais que o cuidado com o corpo, o pastor precisa cuidar de sua reputação. Concordo com Warren Wiersbe quando ele diz que precisamos cuidar do corpo, e o exercício faz parte desse cuidado. O corpo é o templo do Espírito Santo que deve ser usado para sua glória (ICo 6.19,20) e também é instrumento para seu serviço (Rm 12.1,2). Contudo, os exercícios beneficiam o corpo apenas nesta vida, ao passo que o exercício da piedade é proveitoso hoje e na eternidade. Paulo não pede que Timóteo escolha entre um e outro. Devemos praticar ambos, mas nos concentrar na piedade.
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1 Tm 4.8None
Comentário Hendricksan
7b, 8. Dando seguimento ao seu conselho com respeito ao progresso espiritual de Timóteo e os meios que ele deve usar para tal fim, Paulo diz:
Exercite-se para o viver piedoso. Porque, ainda que o exercício físico seja de algum benefício, esse viver piedoso é de todas as formas benéfico.
A figura que serve de lastro à passagem é, naturalmente, a do ginásio grego (ou sua imitação popular), que compreendia pistas de corrida, de luta, etc. Era um lugar onde os jovens se despiam com o fim de promover a graça e o vigor do corpo por meio de treinamento físico. Timóteo, pois, é considerado um praticante de ginástica. Mas, em conformidade com o contexto precedente, que o recomenda a nutrir-se com as palavras da fé e a rejeitar os mitos profanos para poder ser (e prosseguir sendo) “um excelente ministro de Cristo Jesus”, ele recebe ordem de exercitar-se com vistas à piedade ou ao viver santo. O exercício para o qual ele é exortado a praticar é de caráter espiritual.
Por conseguinte, o que Paulo tinha em mente teria incluído uma ou mais das seguintes comparações:
(a) Justamente como um jovem treina num ginásio o máximo que pode, assim você também, pela graça e poder de Deus, não deve poupar esforços para alcançar o alvo.
(b) Justamente como um jovem se desvencilha de todo e qualquer obstáculo ou peso para exercitar-se mais livremente, assim também você deve desvencilhar-se de tudo quanto prejudique seu progresso espiritual.
(c) Justamente como um jovem tem seus olhos postos num alvo – talvez o de exibir habilidade superior no arremesso do disco, ou o de vencer a luta ou a pugna no boxe no ginásio, o de ser o primeiro a alcançar o poste que assinalava o lugar da vitória na pista de corrida, ou, pelo menos, o de melhor físico –, assim você deve apontar constantemente para seu objetivo espiritual, a saber, o da plena dedicação pessoal a Deus em Cristo.
Não surpreende de forma alguma que o apóstolo, com a figura do ginásio ou seus substitutos menos pretensiosos em seus pensamentos, agora estabeleça uma comparação entre o valor do exercício físico (literalmente, “ginástica corporal”) e o exercício para a vida piedosa. Ele afirma que o primeiro é de algum proveito. É útil para algo. Não obstante, o segundo é em todos os sentidos benéfico. É útil para todas as coisas. Ele de modo algum menospreza o valor do exercício físico. Ele está dizendo duas coisas: a. que a bênção que procede do exercício físico, por maior que seja, é definitivamente inferior à recompensa que a vida piedosa promete. O primeiro, no melhor dos casos, promove a saúde, o vigor, a beleza física. Estas coisas são maravilhosas e devem ser apreciadas. O segundo, porém, promove a vida eterna; b. que a esfera em que o exercício físico é de proveito é muito mais restrita do que aquela em que a vida eterna concede sua recompensa. O primeiro tem que ver com o aqui e agora. O segundo, com o aqui e agora, mas também atinge o além.
Por certo que isto é o que ele tem em mente, como o demonstra claramente o que se segue ao versículo 8 depois das palavras “o viver piedoso é em todos os sentidos benéfico”, a saber: visto que tem a promessa da vida, tanto para o presente quanto para o futuro.
A essência e o conteúdo da promessa é vida, comunhão com Deus em Cristo, o amor de Deus derramado no coração, a paz que excede a todo o entendimento (ver também C.N.T. sobre João, vol. I). A devoção plena, a piedade ou o viver santo, fruto inerente da graça de Deus, resultam na crescente posse ou desfruto dessa recompensa, em conformidade com o ensino das Escrituras em sua totalidade (Dt 4.29; 28.1–3, 9, 10; 1Sm 15.22; Sl 1.1–3; 24.3–6; 103.17, 18; 1Jo 1.6, 7; 2.24, 25; Ap 2.10, 17; 3.5, 12, 21).
Deus prometeu isso, e ele sempre cumpre sua promessa. E essa vida que Deus concede e que ultrapassa a todas as demais bênçãos em valor é tanto para o presente quanto para o futuro, para a presente era e para a vindoura. Ela jamais poderá cessar.
A explicação de 1 Timóteo 4.7b e 8 que tenho dado se afasta em alguns pontos daquela favorecida por outros. Ver nota de rodapé.